O corpo da música que ontem quis,
O poder das letras que hoje perdi,
Os versos perversos dos sexos injustos,
As letras daquela energia voraz,
Os móveis que cantaram aquela canção,
Os contos esquecidos, achados e perdidos,
A tinta que escreveu a melodia distante
A repentina razão que foi escolhida,
A apatia restringida, abusada e desistida,
De uma mão cansada de viver,
Palavras únicas que já existem,
Um paladar dolorido por querer,
A língua do artista cortada,
A mão do pintor arrebentada,
O pincel, a palavra - a lona, o papel.
A unica coisa deixada,
A unica veia viva.
Uma história que sempre terá
A maneira de comprovar,
A pura existência do artista,
que já morreu na página vista.
No comments:
Post a Comment